Achille Mbembe, o filósofo

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Nascido na República dos Camarões, em África, no ano de 1957, o professor de História e de Ciências Políticas do Instituto Witwatersrand, em Joanesburgo, África do Sul, se está apresentado como um dos expoentes dos estudos em Filosofia a partir do continente africano.

O livro Crítica da razão negra está disponível nas livrarias brasileiras. O mesmo para outros títulos, como Necropolítica, Políticas da inimizade e Na pós-colônia.

 

As reflexões de Mbembe e seu protagonismo nas críticas sobre o pensamento pós-colonial se perfazem essenciais aos professores que se asseveram envolvidos com a ampliação do repertório cultural dos estudantes.

Para além das temáticas do racismo e do preconceito racial, Mbembe toca em temas como os paradoxos do comportamento coletivo, a vida frívola e as visões que estigmatizam o conceito de exótico, a circulação das populações entre nações e culturas diversas, a elevação em humanidade.

Como expressão, se cita

“Enquanto houver secessão em relação à humanidade, não será possível a economia da restituição, da reparação ou da justiça. Restituição, reparação e justiça são as condições para a elevação coletiva em humanidade. O pensamento acerca do que há de vir é necessariamente um pensamento da vida, da reserva de vida, do que terá de escapar ao sacrifício. Também é necessariamente um pensamento em circulação, um pensamento da travessia, um pensamento-mundo.” Mbembe, (reedição 2018, p.309, n-1 edições), Crítica da Razão Negra.